quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Libertação



Libertação

Em meio à floresta,
sinto o orvalho da esperança
com toda sua energia invadindo o meu ser.

Não mais há briga entre a luz e a sombra.
A consciência despertou nesse amanhecer.

Ungida com o bálsamo do Amor,
assumo o Universo como minha casa
e cada um ao meu redor como parte do que eu mesmo sou.

A vida que pulsa em mim,
se ancora no fogo, no ar, na terra, na água.
Somos todos um só.
A busca terminou.

Frutificar e semear
para muitos mais libertar.

domingo, 17 de setembro de 2017

Costurando a Unidade




Viver em ressonância com o seu coração permite que você possa fluir ao encontro de seu completo bem-estar.
Ontem, tive vontade de escrever sobre  enraizamento energético, sobre árvores e sobre o auto-amor. E depois de terminado o texto “A relação entre as partes”, diferente do que propõe o título, eu senti que ficou faltando alguma conexão entre esses elementos.
Hoje, seguindo o fluxo da vida, me foi permitido viver mais uma experiência inesquecível. E através dela, recebi a minha resposta :
“Preenchidos por nosso auto-amor, quando nos ancoramos na energia de Gaia somos capazes de nos conectarmos a todas as outras raízes. Nossas raízes se tocam umas às outras. A partir desse ponto sentimos uns aos outros. E então, reconhecemos nossa Unidade”.
E mais uma coisa me chamou atenção nessa experiência. A relação da energia da Paz e das Árvores. Muitas vezes meditei pela paz mundial imaginando uma grande árvore branca, que se nutria cada vez mais de bons pensamentos e boas vibrações. E cada vez mais altiva, e com raízes mais profundas, ela sustentava a paz no planeta. E hoje isso ficou mais concreto pra mim.
Nosso amor se encontrando e se conectando num emaranhado de profundas raízes, assim somos capazes de sentir e sustentar a nossa tão desejada paz.
Gratidão Poli Cardoso, gratidão Nefertiti, gratidão Mestre Jesus, gratidão a todos os Mestres que viveram a Paz dentro de seus corações enquanto vestidos na terceira dimensão. Gratidão Mãe Gertrudes e gratidão a todos meus queridos guardiões e mentores. Gratidão Alma querida que me conduz com tanta gentileza e Amor. Gratidão à Fonte criadora, ao nosso Deus Pai e Mãe.
Universo querido, eu agradeço e desejo mais.


sábado, 16 de setembro de 2017

A relação entre as partes

Houve um tempo em que pensei que morrer seria como ir para Hogwarts (Harry Potter). Eu ficava sonhando com os templos de estudo do plano espiritual. Totalmente desconectada com o meu presente.
E por esse intenso caminho de autoconhecimento e espiritualização que venho trilhando, quem iria imaginar, venho me conectando cada vez mais com o meu mundo material.
Fui aprendendo sobre o prazer de estar aqui, viva, no momento presente.
Fui reconhecendo meu corpo como parte de quem Eu Sou. Progressivamente tratando a mim mesma com mais afeto. 
Neste V Encontro das Sementes das Estrelas em Curitiba (8 e 9 de setembro de 2017)1, ganhei um presente inesperado. Na palestra do domingo certas palavras acordaram alguns pedaços do meu coração.  A ideia delas era: você veio para este planeta por escolha; você ainda está aqui por amor.
Senhor! Essa ideia explodiu no meu peito! Eu amo este planeta. Eu amo a Terra. Eu amo Gaia!!!!
Isso fez sentido pra mim ... eu amo meu planeta. E eu quero que ele esteja cada vez mais cheio de luz e amor.
E como nos conectarmos cada vez mais com nosso planeta?
As técnicas de enraizamento energético têm essa propriedade. Elas nos ajudam na conexão com a Terra, no suporte para permanecermos atentos ao momento presente.
 Vou confessar: TODOS os cursos não ortodoxos que fiz até aqui ensinaram a enraizar (cada um à sua maneira), antes de abrirem o baú de tesouros do conhecimento.
Então, meus amados, hoje descreverei aqui algumas técnicas de enraizamento. O essencial de todas elas é a sua intenção. A intenção de se conectar com a Terra. Se você sentir que deve fazer de um jeito diferente, siga o seu coração. Siga a sua verdade.
A ideia básica é a da árvore. Uma árvore só pode ter uma copa robusta e magnânima se ela tiver a base preparada para suportá-la.  Se ela tiver RAÍZES que a sustentem.  Vamos lá queridos, cuidar de nossas raízes!
A primeira técnica que conheci é essa: pés paralelos, alinhados com o tamanho do seu quadril. Joelhos levemente flexionados. Olhos abertos fixos num ponto distante. Intencionem sua conexão com a Terra. E na expiração imaginem raízes saindo de seus pés, ficando cada vez mais profundas. E na inspiração, imaginem a energia vermelha do núcleo do planeta subindo pelos seus pés até um centro vermelho no final da sua coluna.  Comecem com 3 minutos e deixem o alarme do celular pra tocar. Será difícil no começo. Algumas pessoas podem ter tontura ou sentir medo. Se isso acontecer repitam: “é seguro estar aqui, vivendo no momento presente”.
E por um olhar diferente, mas com uma ideia parecida, pela Medicina Tradicional Chinesa devemos preparar o Yin Chiao (terra) para receber o Lin Tai (Sol). Para melhorar o Yin Chiao temos várias opções. Todas visam levar a energia até nossos pés. Lá na planta dos pés há um ponto de acupuntura dos rins. Nossos rins energéticos como fonte de sustentação interna e este ponto como conexão desta com a energia da Terra. E aqui a importância de andarmos descalços na terra de vez em quando (por favor, não andem descalços no piso frio das nossas casas... isso leva à penetração de frio no nosso corpo e o efeito disso em longo prazo não é legal). Aqui vão diferentes técnicas para melhorarmos nosso Yin Chiao, quando estivermos deitados ou sentados:
·             Respiração abdominal
·            Contração da região perianal + contração do abdome. Inspire rápido e segure o ar por 10 segundos. Repita algumas vezes ou até sentir os pés quentes.
·            Tome uma inspiração profunda, soltando bem sua barriga. Mantenha o ar preso. Contraia a região perianal, comece a contrair o abdome, porém segure o ar pela glote (“trave a região da garganta por onde o ar sai”). Segure o quanto aguentar.
Eu não só senti meus pés esquentarem com essas técnicas, como me lembro bem, precisei tirar a blusa de frio nesta aula.
E já que citei o Lin Tai, abro um espaço para um exercício mental sobre ele: imaginem um Sol nascendo, e sintam o calor dele na sua face. Esse calor desce para sua mão dominante, depois para a outra. Segue para o tórax. E leve a partir dali para o lugar do seu corpo que precise de energia para se recuperar. Lindo né?



http://www.pazemgaia.com.br/casa/decorac-o/quadro-a-arvore-da-vida-com-tracos-celtas-tecnica-de-envelhecimento.html

E sobre a foto, ela é representação da Árvore da Vida com traços Celta. Note como a copa e as raízes se comunicam. Hoje essa imagem me desperta para a importância de todas as partes. Harmonia entre as partes.  Relação entre as partes. O Todo e suas partes.  
Vamos cuidar com carinho do nosso corpo, da nossa mente, dos nossos sentimentos. E vamos nos integrar cada vez mais a esse organismo vivo que é nosso planeta, nossa Gaia querida, que nos aceitou e acolheu no próprio ventre.

Namastê /\

1 - http://www.sementesdasestrelas.com.br/

sábado, 1 de julho de 2017

O jardim da Vida

A caminho do meu curso de Transpessoal, pensava sobre meu segundo livro infantil. Sim, há um primeiro (risos), um dia falo dele por aqui.
Esse segundo conseguiu transbordar do coração em direção ao papel muito mais facilmente. E tudo foi tão intenso, que ainda era difícil para minha mente entender o significado mais profundo dele.
Hoje veio minha resposta. E mesmo que a história primordial por enquanto fique oculta, sei que preciso dividir a explicação dela neste momento.
Segue abaixo um conjunto de palavras que simplesmente choveu no meu caderninho hoje...

 “É libertador assumir o prazer em sentir. Sentir cabe só a você. É você quem ama. Amar lhe dá prazer. E o texto poderia parar por aqui.
O que é ser correspondido? É algo que deve sustentar o seu sentimento?
Se fosse assim meus queridos, onde estaria a sua liberdade em sentir? Condicionada ao sentimento do outro?
Ame. Assuma o seu amor. Você é livre para amar. Há prazer em “apenas” sentir.
Somos preenchidos de dentro para fora. O que fica com você é aquilo que você mesmo produziu, emitiu, sentiu.
Liberte-se dos condicionamentos. Não há necessidade de ser correspondido. Apenas libere seus sentimentos.”

Então é isso. No segundo livro, que chamará “O Jardim da Vida”, abordaremos nosso poder de Amar Incondicionalmente.
Gratidão à Vida pela possibilidade de libertar essas palavras e esse sentimento.
Namastê.

domingo, 23 de abril de 2017

O dilema sobre a saída da caverna



Há muitos anos, enquanto eu lia um romance espirita, surgiu uma questão que minha mente ruminou por anos a fio. Será mesmo possível termos livre-arbítrio e justiça ao mesmo tempo?
Incomodava-me pensar que eu ainda estava laaaaá longe nos degraus da famigerada escala evolutiva espiritual, enquanto outros já estavam acima. Na época isso era importante pra mim (“risos amorosos” – plágio assumido de irmãos muito queridos 1). Então surgiu o dilema.
Em algum momento, duas Almas criadas ao mesmo tempo tomaram decisões diferentes. Estavam as duas, simbolicamente, dentro da mesma caverna. E, em algum momento, uma delas resolveu sair. Mas na saída da caverna havia uma criatura assustadora. A Alma que se atreveu a sair passou por uma experiência algo traumática, talvez tenha até cometido seu primeiro ato de violência. E com esse registro cruel seguiu a vida exercendo o seu “livre-arbítrio”, fazendo suas escolhas e executando as suas ações. E a Alma que ficou na caverna? Essa, na minha juventude, era a Alma que tinha evoluído mais rápido. Ela conseguiu continuar pueril e dócil.
Eu, claro, me identificava com a Alma atrevida. Como poderia ser justo, que uma escolha inicial “errada” gerasse um padrão de escolhas sucessivas ruins, uma semeadura ruim que reverberasse por tanto tempo?
Será que não havia nada distinto no ambiente emocional dessas duas Almas que fundamentasse as escolhas divergentes? Era impossível não pensar que talvez a Alma que havia saído da caverna não tivesse nenhum laço de afeto lá dentro. Enquanto a que ficou tivesse uma mãe carinhosa e disponível.  As duas tiveram destinos diferentes porque suas escolhas foram diferentes. E será mesmo que o meio não gerou nenhuma tendência? Será que eu não poderia ter escrito uma história mais curta, se lá trás em algum momento, eu não tivesse virado à direita em vez de virar à esquerda?
Isso era eu tentando encontrar uma justificativa para o fato do personagem do romance que eu lia estar em uma reunião com Jesus, enquanto eu estava encarnada com 14 anos no Planeta Terra cheia de carma para cuidar.
Muitos anos depois eu consegui fazer uma releitura desse dilema.
Será mesmo que evoluiu mais rápido a Alma que ficou na caverna? Quando nos expomos, quando vivemos , quando experimentamos, nosso Ser se torna mais rico de informações. Através da experiência nasce a sabedoria.
Depois de ter aprendido Física Quântica com o Hélio Couto2, pude analisar por outra perspectiva essa questão. Dois fragmentos divinos, duas Almas, escolhem esquecer momentaneamente a fonte de infinito Amor da qual fazem parte para obterem novas experiências. Era preciso esquecer, para que as escolhas fossem feitas de modo literalmente cego. E então essas Almas mergulham na densidade. E sim... muitas das decisões que tomaram foram induzidas pelo meio em que viviam, pois elas adquiriram crenças, dogmas, e  paradigmas que as influenciaram de modo peculiar. E está tudo certo.
Está tudo certo. Não importa que um de nós tenha feito todas as escolhas “erradas”. Muitas experiências ímpares foram obtidas, muita informação foi gerada. Está tudo certo: todos percorremos caminhos únicos, por tempos diferentes. Todos levaremos nossa contribuição. Infinitas possibilidades... e por que não todas serem contempladas?
Mas a questão da influência do meio nas nossas escolhas ainda ameaçava o conceito que eu tinha de livre-arbítrio.  E isso só foi revisto recentemente.
A cada experiência em que mergulhamos, vestimos crenças e dogmas locais. E alguns trazemos enraizados de existências anteriores. Só conseguiremos tomar decisões na nossa vida, de modo verdadeiramente consciente e livre, quando conseguirmos identificar as crenças limitantes que nos envolvem.
Só quando soubermos quem Somos, o que realmente queremos, poderemos escolher com nosso livre-arbítrio. Isso é um ponto interessante que o filme Matrix ressaltou: as pessoas só sobreviviam no mundo ilusório de Ma(ya)trix   porque acreditavam que tinham uma escolha, o que não era real.
Então divido com vocês o momento atual da minha vida. Essa busca por quem Eu Sou. Esse mergulho interior. E uma ferramenta que estou aprendendo a usar para acessar isso é a Meditação. Precisamos nos reconectar com a nossa própria Verdade.
Deitados ou sentados, respiramos profundamente algumas vezes. E INTENCIONAMOS. Intencionamos a reconexão com nosso Eu Superior. E por alguns minutos vivemos essa imersão. Podemos levar nossos dilemas para nossa meditação, INTENCIONANDO descobrir o nosso real querer.
E aqui explico meus risos amorosos do primeiro parágrafo. Já não me preocupo se sou uma das últimas, ou fui uma das primeiras em toda essa história. Se partimos do mesmo Todo amoroso, se carregamos dentro de nós a completude adormecida, então está tudo bem. Não há julgamentos. Há amor incondicional, há aceitação, há a verdade inexorável de que todos somos parte, de que todos somos Um.
Avante queridos! Despertemos para quem Somos de verdade, voltemos para casa!
Com amor,


1: http://www.sementesdasestrelas.com.br/
2: http://www.heliocouto.com/

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Abrindo as janelas do sótão

    Dois meses. Demorei dois meses para me permitir participar do Treinamento Lotus. A principal barreira era a questão financeira: gastar tal soma comigo, em apenas um final de semana? Naquela época parecia ousadia demais para uma pessoa só.
    Até que... meu calcanhar de Aquiles foi atingido. Precisava buscar ajuda para parar de sentir culpa em dividir meu tempo entre a maternidade e a minha profissão. Precisava parar de ser rígida e impaciente com meus filhos.
    E não dá pra dizer que não fez diferença a sugestão ter vindo de uma pessoa que eu respeito muito. Foi fundamental.
    Mergulhei.
    Pensa em alguém que não fazia ideia do que ia encontrar.
  E foi o melhor presente que eu pude me dar, em todo o Universo, em toda esta vida. E consequentemente, foi um presente para toda minha família, inclusive para meus filhos.
  No Treinamento Lotus aprendi tantas coisas novas! A Criança Interior existe mesmo pessoal. Quando acolhemos essa criança, uma sensação de plenitude nos invade. O que vivemos na infância, sob aquela perspectiva, marcou nossa personalidade de uma forma que, muitas vezes, não é consciente.  Podermos acessar essa criança é uma experiência transformadora.
    Vou dividir uma das tantas coisas que cuidei na minha Criança Interior. Para a Stela criança... o fato do meu pai passar dias e dias trabalhando foi encarado como rejeição. A Stela adulta tem consciência plena de que pelo menos um dos pais precisa estar ausente trabalhando. É o lógico. Mas a criança sempre quer atenção e carinho. E como isso reverberou na Stela como comportamento? Eu projetava a figura do meu pai nos professores e orientadores, e buscava sempre ser a melhor em tudo o que eu fazia. Até aí parece até uma coisa boa... mas e quando eu não conseguia a admiração e o reconhecimento de quem eu admirava? Um buraco enorme se abria e eu queria me jogar nele. Então, atenção, eu não fazia o melhor por mim. Eu fazia pelo reconhecimento do outro.  Como eu me libertei disso? Tornando isso consciente. Joguei luz onde havia sombra. Foi extraordinário! Porque eu nunca estaria aqui, escrevendo isso, se eu norteasse meu comportamento para agradar “o outro” ;)
    No treinamento são várias as dinâmicas... várias as oportunidades. E o processo é muito particular. Tudo ocorre dentro de você mesmo. É você quem chega às suas próprias conclusões.
    Criança interior, luz e sombra, amor incondicional.
    Eu nunca tinha ouvido falar em “amor incondicional”. Em que mundo eu vivia?!
    Quando meu treinamento acabou, e eu abri os olhos, eu senti Amor Incondicional pela primeira vez na minha vida. Minhas primeiras palavras foram: “Agora eu posso amar, está tão cheio aqui no peito que não preciso mais esperar Amor de ninguém. Posso apenas dar Amor”.
    Eu vejo isso como uma dádiva que eu pude carregar por alguns dias. Eu soube o que um espírito iluminado sente. Eu provei pra mim mesma que é real. E hoje, tenho como meta poder ter esse sentimento de modo sustentado dentro de mim. Amor Incondicional.
    O treinamento não me fez perfeita. Ele me mostrou que dá pra melhorar, dá pra melhorar sempre! Então sim ... voltei uma mãe mais carinhosa, mas ainda com defeitos. Voltei de olhos abertos para vida, acordei com vontade de descobrir e amar quem eu sou realmente.
   Passei a valorizar e a entender o que o Mestre Jesus disse com “Amai o próximo como a si mesmo”.  Temos que aprender a nos amarmos para depois, naturalmente, expandirmos esse sentimento a todos ao nosso redor.
Então, sem medo. Toda limpeza agita a sujeira. Natural, certo? O importante é o resultado final. E o resultado do Lotus foi esse: eu posso amar quem eu sou de verdade. E a partir daí buscar o que é melhor pra mim, o que consequentemente, será o melhor para todos os que amo e me cercam.
   E a jornada continua! E se você ficou interessado nesse treinamento: www.sbie.com.br. Recomendo! Vida longa e próspera.


PS: Esse final me lembrou um vídeo do Divaldo. Segue:  

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Mexendo no Véu de Ísis

Depois do curso de Meditação do Centro, ousei xeretar meu passado. Venci uma crença limitante, a de que não devemos em hipótese alguma descobrirmos quem fomos em outras experiências. Eu realmente era absolutamente contra isso. E de repente ... isso foi se transformando.
Tudo começou com uma figura que vinha na minha mente. Eu, com um dos joelhos dobrado ao chão, cabeça baixa, aguardando ordens de um Mestre. Que pra mim era Jesus. Uma sensação de que eu estava realmente esperando. Na época interpretei isso como um símbolo de resignação, e disse a mim mesma que queria esse quadro na minha parede. 
Buscando um pintor mediúnico pela internet, eu achei a Aline Matilde (https://mfterapeuta.com/). Mais uma vez um ensinamento pra mim: você procura uma coisa e acha outra muito mais importante.
Aline é médium, e propõe uma terapia energética vinculada a um evento de outra vida, também retratando um personagem seu numa tela ou um dos seus mentores espirituais.
Pois eu, vencendo uma barreira sólida que eu tinha a respeito, resolvi ver no que dava. Na época, não tinha nenhum relacionamento com a Aline. Preenchi um questionário simples do site dela e arrisquei. Como o objetivo da pintura é tratamento, coloquei o tema saudade (mas pensava na figura que expliquei acima). Eu tinha uma saudade vaga e inexplicável dentro de mim que achei pertinente relatar no momento.
E dias depois o resultado foi lindo. Como vocês podem ver pela figura abaixo, não foi o retrato que eu alimentava no meu mental que veio, mas uma freira de séculos passados. No texto que acompanhou a figura havia o contexto da freira, e nos apontamentos psicoterápicos veio: "Senti uma necessidade consciencial de seu Espírito na compreensão do porquê do sofrimento, e da busca pela cura dos males. Acredito até na busca pela ligação espiritual da doença com sua consequência física. É o desejo de curar, transformar. Esse desejo te guia ao estudo, para que a prática seja a concretização desse ideal." 
Aline não sabia que eu era uma Hematologista frustrada com o paradigma newtoniano, assumindo aos poucos o imenso amor que tenho pela Acupuntura e pela medicina das energias. 
Curioso pra saber do que era a saudade? Um dia eu conto ;)
O fato é que tudo o que ela escreveu refletia mesmo um pedaço de mim. Inclusive os pontos negativos que eu precisava observar.
Senti que foi um trabalho salutar, o da Aline. Indiquei para todos os meus entes chegados. Acabei conhecendo pessoalmente a Aline e posso garantir que seu trabalho é baseado no amor, e seu objetivo é o de ajudar.  
Depois disso, não senti mais o soldado de joelhos. Ele já estava de pé. Cada vez mais preparado para fazer o que precisava ser feito. Ele ainda voltará a este blog.
Então meus queridos leitores... o véu de Ísis. Sim, todos temos uma história passada, que sem sombra de dúvida influencia enormemente no nosso presente. Se pudermos tratar alguma lembrança, trauma ou emoção que tem raízes antigas, sim a Stela é a favor. Hoje sou muito a favor. Precisamos de toda ajuda que nos é ofertada para sanarmos nossas feridas e progredirmos. 
Vencer essa crença me deu ânimo para buscar outras barreiras internas. Até a próxima ;)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Aquilo que nos move



Hoje eu entendi como foi importante pra mim ser mãe nesta vida.
Ainda me lembro do dia em que eu estava no centro espírita Casa do Caminho, no inicio da tarde, esperando a palestra começar. E o conflito que envolvia a minha atenção era a porcaria de mãe que eu era. O modo como eu respondia com impaciência às infantilidades dos meus pequenos filhos. E por um empurrão espiritual - de uma Mão que um dia preciso reconhecer para agradecer - fui me inscrever no curso de meditação do centro.
E lá, pela primeira vez, ouvi conceitos como luz e sombra, tive a explicação de que meditar é ter atenção, conectei-me energeticamente com uma flor, e relembrei a importância da água. 
Pois bem ... a partir daí não parei. Passei a me permitir buscar ajuda para me tornar uma mãe cada vez melhor. Pois de todos os papeis que assumi nesse corpo, esse sempre foi o mais desafiador. A maternidade me fez encontrar muito da minha sombra. E impulsionada pelo desejo de me transformar, eu continuei (e continuo) buscando processos que me ajudaram a despertar (vou dar detalhes de todos eles ao longo das nossas conversas).
Aos meu amados filhos minha eterna gratidão. Obrigada por terem me escolhido e terem se voluntariado a enfrentar junto comigo a minha sombra. Obrigada por existirem, por me ajudarem a chegar à jornada interior. 
E obrigada a todos os meus amigos do plano espiritual, que não me atenderam nas solicitações desesperadas que eu fazia. Pois se o João sempre dormisse, se eu fosse um poço de paciência integral,e se eu tivesse força para manter escondida a dor do meu coração, eu não teria saído da minha zona de conforto. 
Então, querido leitor, lembre-se: quando a situação for difícil, parecer impossível, será a sua busca pela solução seu verdadeiro bálsamo. Todas as descobertas que você fará serão muito maiores do que o "problema" original.