sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Abrindo as janelas do sótão

    Dois meses. Demorei dois meses para me permitir participar do Treinamento Lotus. A principal barreira era a questão financeira: gastar tal soma comigo, em apenas um final de semana? Naquela época parecia ousadia demais para uma pessoa só.
    Até que... meu calcanhar de Aquiles foi atingido. Precisava buscar ajuda para parar de sentir culpa em dividir meu tempo entre a maternidade e a minha profissão. Precisava parar de ser rígida e impaciente com meus filhos.
    E não dá pra dizer que não fez diferença a sugestão ter vindo de uma pessoa que eu respeito muito. Foi fundamental.
    Mergulhei.
    Pensa em alguém que não fazia ideia do que ia encontrar.
  E foi o melhor presente que eu pude me dar, em todo o Universo, em toda esta vida. E consequentemente, foi um presente para toda minha família, inclusive para meus filhos.
  No Treinamento Lotus aprendi tantas coisas novas! A Criança Interior existe mesmo pessoal. Quando acolhemos essa criança, uma sensação de plenitude nos invade. O que vivemos na infância, sob aquela perspectiva, marcou nossa personalidade de uma forma que, muitas vezes, não é consciente.  Podermos acessar essa criança é uma experiência transformadora.
    Vou dividir uma das tantas coisas que cuidei na minha Criança Interior. Para a Stela criança... o fato do meu pai passar dias e dias trabalhando foi encarado como rejeição. A Stela adulta tem consciência plena de que pelo menos um dos pais precisa estar ausente trabalhando. É o lógico. Mas a criança sempre quer atenção e carinho. E como isso reverberou na Stela como comportamento? Eu projetava a figura do meu pai nos professores e orientadores, e buscava sempre ser a melhor em tudo o que eu fazia. Até aí parece até uma coisa boa... mas e quando eu não conseguia a admiração e o reconhecimento de quem eu admirava? Um buraco enorme se abria e eu queria me jogar nele. Então, atenção, eu não fazia o melhor por mim. Eu fazia pelo reconhecimento do outro.  Como eu me libertei disso? Tornando isso consciente. Joguei luz onde havia sombra. Foi extraordinário! Porque eu nunca estaria aqui, escrevendo isso, se eu norteasse meu comportamento para agradar “o outro” ;)
    No treinamento são várias as dinâmicas... várias as oportunidades. E o processo é muito particular. Tudo ocorre dentro de você mesmo. É você quem chega às suas próprias conclusões.
    Criança interior, luz e sombra, amor incondicional.
    Eu nunca tinha ouvido falar em “amor incondicional”. Em que mundo eu vivia?!
    Quando meu treinamento acabou, e eu abri os olhos, eu senti Amor Incondicional pela primeira vez na minha vida. Minhas primeiras palavras foram: “Agora eu posso amar, está tão cheio aqui no peito que não preciso mais esperar Amor de ninguém. Posso apenas dar Amor”.
    Eu vejo isso como uma dádiva que eu pude carregar por alguns dias. Eu soube o que um espírito iluminado sente. Eu provei pra mim mesma que é real. E hoje, tenho como meta poder ter esse sentimento de modo sustentado dentro de mim. Amor Incondicional.
    O treinamento não me fez perfeita. Ele me mostrou que dá pra melhorar, dá pra melhorar sempre! Então sim ... voltei uma mãe mais carinhosa, mas ainda com defeitos. Voltei de olhos abertos para vida, acordei com vontade de descobrir e amar quem eu sou realmente.
   Passei a valorizar e a entender o que o Mestre Jesus disse com “Amai o próximo como a si mesmo”.  Temos que aprender a nos amarmos para depois, naturalmente, expandirmos esse sentimento a todos ao nosso redor.
Então, sem medo. Toda limpeza agita a sujeira. Natural, certo? O importante é o resultado final. E o resultado do Lotus foi esse: eu posso amar quem eu sou de verdade. E a partir daí buscar o que é melhor pra mim, o que consequentemente, será o melhor para todos os que amo e me cercam.
   E a jornada continua! E se você ficou interessado nesse treinamento: www.sbie.com.br. Recomendo! Vida longa e próspera.


PS: Esse final me lembrou um vídeo do Divaldo. Segue:  

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Mexendo no Véu de Ísis

Depois do curso de Meditação do Centro, ousei xeretar meu passado. Venci uma crença limitante, a de que não devemos em hipótese alguma descobrirmos quem fomos em outras experiências. Eu realmente era absolutamente contra isso. E de repente ... isso foi se transformando.
Tudo começou com uma figura que vinha na minha mente. Eu, com um dos joelhos dobrado ao chão, cabeça baixa, aguardando ordens de um Mestre. Que pra mim era Jesus. Uma sensação de que eu estava realmente esperando. Na época interpretei isso como um símbolo de resignação, e disse a mim mesma que queria esse quadro na minha parede. 
Buscando um pintor mediúnico pela internet, eu achei a Aline Matilde (https://mfterapeuta.com/). Mais uma vez um ensinamento pra mim: você procura uma coisa e acha outra muito mais importante.
Aline é médium, e propõe uma terapia energética vinculada a um evento de outra vida, também retratando um personagem seu numa tela ou um dos seus mentores espirituais.
Pois eu, vencendo uma barreira sólida que eu tinha a respeito, resolvi ver no que dava. Na época, não tinha nenhum relacionamento com a Aline. Preenchi um questionário simples do site dela e arrisquei. Como o objetivo da pintura é tratamento, coloquei o tema saudade (mas pensava na figura que expliquei acima). Eu tinha uma saudade vaga e inexplicável dentro de mim que achei pertinente relatar no momento.
E dias depois o resultado foi lindo. Como vocês podem ver pela figura abaixo, não foi o retrato que eu alimentava no meu mental que veio, mas uma freira de séculos passados. No texto que acompanhou a figura havia o contexto da freira, e nos apontamentos psicoterápicos veio: "Senti uma necessidade consciencial de seu Espírito na compreensão do porquê do sofrimento, e da busca pela cura dos males. Acredito até na busca pela ligação espiritual da doença com sua consequência física. É o desejo de curar, transformar. Esse desejo te guia ao estudo, para que a prática seja a concretização desse ideal." 
Aline não sabia que eu era uma Hematologista frustrada com o paradigma newtoniano, assumindo aos poucos o imenso amor que tenho pela Acupuntura e pela medicina das energias. 
Curioso pra saber do que era a saudade? Um dia eu conto ;)
O fato é que tudo o que ela escreveu refletia mesmo um pedaço de mim. Inclusive os pontos negativos que eu precisava observar.
Senti que foi um trabalho salutar, o da Aline. Indiquei para todos os meus entes chegados. Acabei conhecendo pessoalmente a Aline e posso garantir que seu trabalho é baseado no amor, e seu objetivo é o de ajudar.  
Depois disso, não senti mais o soldado de joelhos. Ele já estava de pé. Cada vez mais preparado para fazer o que precisava ser feito. Ele ainda voltará a este blog.
Então meus queridos leitores... o véu de Ísis. Sim, todos temos uma história passada, que sem sombra de dúvida influencia enormemente no nosso presente. Se pudermos tratar alguma lembrança, trauma ou emoção que tem raízes antigas, sim a Stela é a favor. Hoje sou muito a favor. Precisamos de toda ajuda que nos é ofertada para sanarmos nossas feridas e progredirmos. 
Vencer essa crença me deu ânimo para buscar outras barreiras internas. Até a próxima ;)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Aquilo que nos move



Hoje eu entendi como foi importante pra mim ser mãe nesta vida.
Ainda me lembro do dia em que eu estava no centro espírita Casa do Caminho, no inicio da tarde, esperando a palestra começar. E o conflito que envolvia a minha atenção era a porcaria de mãe que eu era. O modo como eu respondia com impaciência às infantilidades dos meus pequenos filhos. E por um empurrão espiritual - de uma Mão que um dia preciso reconhecer para agradecer - fui me inscrever no curso de meditação do centro.
E lá, pela primeira vez, ouvi conceitos como luz e sombra, tive a explicação de que meditar é ter atenção, conectei-me energeticamente com uma flor, e relembrei a importância da água. 
Pois bem ... a partir daí não parei. Passei a me permitir buscar ajuda para me tornar uma mãe cada vez melhor. Pois de todos os papeis que assumi nesse corpo, esse sempre foi o mais desafiador. A maternidade me fez encontrar muito da minha sombra. E impulsionada pelo desejo de me transformar, eu continuei (e continuo) buscando processos que me ajudaram a despertar (vou dar detalhes de todos eles ao longo das nossas conversas).
Aos meu amados filhos minha eterna gratidão. Obrigada por terem me escolhido e terem se voluntariado a enfrentar junto comigo a minha sombra. Obrigada por existirem, por me ajudarem a chegar à jornada interior. 
E obrigada a todos os meus amigos do plano espiritual, que não me atenderam nas solicitações desesperadas que eu fazia. Pois se o João sempre dormisse, se eu fosse um poço de paciência integral,e se eu tivesse força para manter escondida a dor do meu coração, eu não teria saído da minha zona de conforto. 
Então, querido leitor, lembre-se: quando a situação for difícil, parecer impossível, será a sua busca pela solução seu verdadeiro bálsamo. Todas as descobertas que você fará serão muito maiores do que o "problema" original.