quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Uma carta pra vc

Envelope Com Coração Para Dentro Ilustração do Vetor - Ilustração de  romântico, sinal: 84372855

 Minha filha,


Ame.


Independente da pessoa, apesar da situação … ame.


Um dos maiores arrependimentos da alma que retorna é não ter amado o que ela poderia amar.


Então, para qualquer situação que você passar, eu sempre vou te dizer… ame…


Todos eles merecem o seu amor.


Todas as situações merecem o seu amor.


E aqui eu preciso te lembrar: não cai uma folha de uma árvore sem a permissão divina minha querida. Por mais dolorido que esteja seu peito nesse momento, não existe injustiça na grande visão do plano maior. Tudo o que lhe acontece ocorre na medida justa da sua necessidade.

(E a filha já sabe que acontece bem menos do que na justa medida, né?)

Essa dor que tá no peito: feche os olhos, respire, e … ame. Ame todos os personagens do drama. Ame e SOLTE.

Alguns vão querer receber, outros não… a você cabe apenas amar…

Há tantos meandros, retalhos, ajustes em todas as suas relações de hoje. Acertos antigos. Hoje dói no cê fia, mas há muito tempo foi nela que doeu. E ocê ficou triste e hoje tudo ocês tão aqui de novo. Pra quê? Pra amar….


Não se apegue a nomes, funções, papéis…. Tudo isso já foi diferente e será novamente um dia. 

Faça o que seu coração sente alegria de fazer : AME.

E solte fia.

SOLTE.

Tudo nóis tamo aqui. Sempre.

 

domingo, 11 de julho de 2021

O manto da Humildade



“Hoje é o primeiro dia.

O primeiro dia da história que construiremos todos juntos.

E o modo que escolhi para lhes desejar minhas boas vindas é falando sobre os uniformes.

(risos)

Vocês já pensaram sobre isso, sobre nossos uniformes?

Por que mantivemos esse hábito há tanto tempo?

Qual a simbologia de um uniforme?

“Pertencimento” – escuto o pensamento de alguns de vocês. Sim, no primeiro nível ele traz o reconhecimento para o indivíduo de que ele faz parte do grupo. De que ele pertence a algo maior do que a sua própria manifestação individual.

E a partir desse primeiro nível surge a oportunidade do próximo nível, o da identificação.

Aqui já temos um grupo de seres que sob a mesma egrégora, seja ela qual for, compartilham algo em comum. E o uniforme permite que eles se lembrem do que comungam. Do que os une. Permite que identifiquem suas similaridades.

Então, nos aproximamos do que gostaria de falar.

Cada um de vocês é especial.

Cada um de vocês expressa um conjunto de habilidades e características da Fonte.

Cada um de vocês é único.

Todos Somos.  

E apesar de toda essa singularidade, possuímos todos o mesmo cerne. Viemos todos da mesma Fonte. Comungamos todos da mesma Manifestação.

Posto isso, eu lhes afirmo: a comparação entre vocês sempre será falha. E muito mais do que isso, a comparação entre vocês é desnecessária.

Quando se cria um sistema onde determinados atributos são mais valorizados do que outros, e se distribuem indivíduos por uma reta quantificada, ordenando uns à frente ou atrás de outros, deixamos de valorizar o que é mais importante em toda a Criação.

E isso, meus amigos, é a própria Variação.

A Criatividade inclui todas as Variações. Contempla todas as possibilidades do mesmo modo.

A Criatividade permite que haja muitas cores na paleta da Criação, infinitas cores.

Entendem?

Entendem o valor que cada um de vocês carrega?

Cada um de vocês é único, cada um é especial. Todos somos.

E nesta etapa temos esse desafio meus amados companheiros de jornada: reconhecermos nosso próprio brilho e beleza sem ofuscar o brilho e a beleza dos que estão ao nosso lado.

Percebo a visualização que se forma, os vários brilhos dentro da mesma sala.

Então, meus queridos, aceitem esse manto.

Esse manto, esse uniforme, irá lhes ajudar com este desafio. Esse é o Manto da Humildade.

Dentro de cada um desses mantos há tanta luz. Há tanto brilho. Mas quando você se aproximar do seu irmão, sua intenção não será a de mostrar seu brilho pessoal, será a de reconhecer o brilho do outro.

Humildade.

Vocês sabem quem vocês são. Vocês sabem o que há por dentro do seu próprio manto e no interior do seu coração.

E nesta jornada que vocês escolheram partilhar a partir de hoje, esse conhecimento e esse manto serão de muita ajuda em seus desafios.

Escuto um pensamento “devo então esconder a minha luz?”

Não, minha querida. Você apenas irá aprender que sua luz tem que primeiro iluminar a si mesma para que possa transcender esse manto sem ferir os que estarão ao seu redor nessa nova fase.

Enquanto você aprender a reconhecer e nutrir sua própria luz, vocês também estarão aprendendo a reconhecer a luz dos que estarão ao seu redor. O manto os ajudará.

Então cá estou eu. De frente para tantos seres preciosos, todos vestidos da mesma forma. Todos com os seus mantos.

O valor que cada um carrega não pode ser mensurado nem expressado pela aparência externa de vocês, e mais uma vez reforço, por mais nenhuma medida de comparação do multiverso.

O manto irá ajuda-los a vencer o que se experimentou como competição em algumas realidades. Será como um pequeno portal que os trará de volta para a consciência de individualidade, pertencimento, identificação e unificação.

Intencionem vestir esse Manto da Humildade sempre sentirem como propício o momento. E experimentem a força das virtudes que ele carrega.

E me despeço, recordando a vocês que a força de uma corrente se faz pela força somada de cada um de seus elos. Não há um só elo mais importante do que o outro, mas lhes digo que basta um elo danificado para que a utilidade da corrente se perca. Que a presença de Todos Seja por cada um, e que a presença de cada um Seja pela presença de Todos.

Até breve companheiros.

O Divino que habita em mim honra e reconhece o Divino que habita em vocês.”

 


sábado, 27 de março de 2021

A doença da perfeição

 



O tempo todo buscamos nos adaptar a algum molde pré-definido, a alguma forma.

Negamos nossa própria individualidade quando nos forçamos a ser o que não somos.

Quando nos forçamos a nos tornar o que esperam de nós.

E quem será esse ser que espera?

Será que de fato há o outro?

Será que a expectativa do outro é de fato do modo que julgamos?

Baseados no que talvez nem exista, nos martirizamos a caber num espaço que não foi desenhado para nós. Nos martirizamos a seguir um padrão que não ressoa com quem nós somos.

Se tivessem ensinado a essa árvore que copa fica no céu e não toca a terra, não teríamos a oportunidade de ver algo inusitadamente incrível.

Ah o incrível…

O incrível fica ao lado do imprevisível, caminhando logo ali do lado da criatividade. Não há margens ao redor deles.

Não há margens.

Meu Deus!!!

O passarinho acorda todos os dias de manhã, e vive sua vida em plenitude. Entregue e confiante de que haverá água e alimento. Não se preocupa… ele confia. E entre uma coisa e a outra ele simplesmente é ele passarinho pela vida.

Talvez ele seja um passarinho que goste de voar baixo, talvez voe alto. Talvez ele goste de tomar sol, talvez goste do vento… quem sabe goste de chuva.

Não há roteiro para o passarinho.

Não há medo de ser julgado um passarinho ruim.

Não há medo de ser condenado inábil ao voo.

Não há medo de ousar.

Não há medo de abrir as asas e planar… de se entregar ao vento…

Entre uma coisa e outra ele simplesmente é.

Ai de mim, ai de você, que achamos que o passarinho deve fazer isso ou aquilo. Que deve comer isso e aquilo.

Enquanto criamos gaiolas para a liberdade em nossa mente, o passarinho simplesmente É.

E você?

O que é ser você?

Como é ser você?

Quem é você?

Será que há uma gaiola mental que te limita?

Será que há margens no seu caminho?

Será que você se deixa definir por adjetivos?

Onde está você?


Gratidão


sábado, 27 de fevereiro de 2021

Uma sutura depois de 12 anos

 


Eu sabia que isso poderia acontecer. É uma das atribuições do clínico geral nesse lugar em que comecei a trabalhar. Mas eu estava passando despercebida pelos ferimentos corto-contusos nos últimos meses.

Até ontem.

Quando chamo o próximo paciente, a cor vermelha derramada nas vestimentas dele me anuncia: “será hoje”.

Nesse momento eu aposto que meu mentor espiritual deu um passinho para trás, kkkkk. Eu tive um desejo súbito de pisar no pé dele. Com todo amor claro kkkkk.

Há alguns dias fiz uma meditação-iniciação no Raio Azul, com Adama e Mestre El Morya (livro Telos volume 2). Um compromisso de enfrentar meus medos para poder me render com amor à Divina Vontade.

Então ele veio. O medo.

O medo de fazer algo que não tenho a habilidade da experiência a meu favor.

Então respirei, e me rendi.

E o primeiro ato da imensa bondade divina que percebi em seguida foi o auxiliar de enfermagem. Ele se vestiu por alguns minutos de anjo. Sutilmente, foi me trazendo tudo de que precisava, como que me recordando dos passos do procedimento com toda gentileza possível. E caridosamente não riu, quando ainda tentando controlar minha ansiedade, eu vesti a luva esquerda na minha mão direita (kkkkkkk perdão docentes queridos de tempos passados).

E no meio do processo, já com alguns pontos dados, eu olhei para toda essa cena e já não o achei mais. Já não havia mais medo. E com amor e carinho terminei meu trabalho.

Uma força gigantesca me invadiu. Mais um pedaço de mim mesma voltou.

Enfrentar nossos medos …

Ás vezes eles são tão grandes e assustadores…. Mas quando nos arriscamos a enfrentá-los, notamos o ratinho por trás do efeito da sombra gigantesca.

Livre.

Adeus ratinho. Siga seu caminho, leve minha paz com você.

E a força fica.

Enfrentar. Às vezes conseguir. Tentar. Tentar. Tentar. Por você mesmo.

Suas conquistas são suas. A alegria e a força que elas trazem são suas.

Por você, enfrente seus medos. Você não estará sozinho. Se renda à Vontade Divina e tudo fluirá. Renda-se ao Amor que tudo É.

Liberte-se.

Gratidão.