segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Coração-dos-ventos





Como negar meu gosto por uma história? E aqui vai mais uma ;)

“Há muitos éons, no planeta chamado Maty do Sistema de Lyra, havia uma sociedade desenvolvida de um modo diferente.
Sua organização era militar, porém seus habitantes eram pacíficos. Tudo era organizado de modo defensivo. A razão desse arranjo remontava ao passado de sua civilização.
Eles já haviam sido visitados por uma raça bélica milhões de anos atrás. Foram colonizados. Um passado com muita dor, e com muita superação. Muito aprendizado.
Eles agora estavam preparados para defender aqueles que amavam.
Havia um Conselho de Anciões. Eles eram a representação da sabedoria daquele povo. Eram seguidos porque eram respeitados.
Na infância, por vontade sincera de seus corações, alguns escolhiam ingressar na Academia.
Essas crianças cresciam juntas desenvolvendo as suas virtudes, a ética, a amizade e a confiança. Unidas por um proposito comum: servir ao Planeta.
Um dia...
Um dia houve uma situação desconfortável, com uma raça que aportou sorrateiramente no Planeta. Os interesses que traziam não eram amorosos. E uma equipe da Academia foi designada a fazer o reconhecimento da situação.
Era a primeira vez que uma missão desse tipo seria liderada por uma novata, Hernya.
O Instrutor da oficial, Ashonn, estava desconfortável, mas fora um pedido do Conselho. Ele, então, enganava a si mesmo dizendo que o mau pressentimento que sentia era apenas o excesso de zelo pela aluna preferida. Ele conhecia a capacidade dela, ele confiaria.
Caíram numa emboscada. Hernya percebeu a tempo para salvar sua equipe, porém fora capturada. Sacrificou-se por todos eles.
Levada para outro setor do Cosmos, passou por muitas torturas mentais. O interesse da raça invasora era descobrir os códigos que acessariam os portais do planeta natal da prisioneira. As brechas para desativar o alto poder defensivo deles.  Não obtiveram nenhuma informação: para a frustração deles, como fora aquela a sua primeira missão, ela ainda não havia conquistado esse cabedal de informações de hierarquia superior.
Depois de um desses dias mentalmente turbulentos, Hernya despertou sem se lembrar de quem era.
O alto comando bélico inimigo estava praticamente ordenando o extermínio da prisioneira, agora sem função nenhuma, quando um dos líderes interveio. Agrown tinha um plano. E terminado seu pronunciamento, seguiu-se uma salva de palmas.
Agrown se aproxima dela como instrutor, e toda uma mentira sobre os reais motivos da presença dela são semeados.
Ela passa anos “do lado de lá”.
E a beleza começa a florescer aqui.
O Conselho dos Anciões lá do início sabia exatamente que isso poderia acontecer.  Que esse seria um dos potenciais desfechos.
Tinha que ser Hernya.
Ela era uma extensão daquele que fingiu “apadrinha-la”. Era da sua família de alma. E o plano de Agrown sai inteiramente pela culatra: conviver com ela fez seu coração de pedra florescer.
E assim ...
“A guerra é vencida sem nem mesmo ter começado.”

Muito bem companheiros.
Eu gostaria de escrever sobre toda a alquimia que existiu nas relações entre estes personagens. Quem sabe um dia eu não me aventure hehehe.
Mas hoje, a visita deles teve outro propósito.   

Ainda não temos a visão alargada do quadro todo.
Ainda navegamos no escuro. Precisamos de uma bússola.
E para utilizar a nossa bússola interior precisamos de confiança.
Nem sempre a sequencia dos fatos sairá como esperamos, mas sem dúvida alguma, seguiremos rumo a algo esplendoroso. Rumo a um resultado que atenderá ao nosso coração.
Confiança. Entrega. Fazer e soltar. Fluir.

Boa jornada, navegantes.
Namastê