Como negar meu gosto por uma
história? E aqui vai mais uma ;)
“Há muitos éons, no planeta chamado Maty do Sistema de Lyra, havia uma sociedade desenvolvida de um modo diferente.
Sua organização era militar,
porém seus habitantes eram pacíficos. Tudo era organizado de modo defensivo. A
razão desse arranjo remontava ao passado de sua civilização.
Eles já haviam sido visitados
por uma raça bélica milhões de anos atrás. Foram colonizados. Um passado com
muita dor, e com muita superação. Muito aprendizado.
Eles agora estavam preparados
para defender aqueles que amavam.
Havia um Conselho de Anciões.
Eles eram a representação da sabedoria daquele povo. Eram seguidos porque eram respeitados.
Na infância, por vontade sincera
de seus corações, alguns escolhiam ingressar na Academia.
Essas crianças cresciam
juntas desenvolvendo as suas virtudes, a ética, a amizade e a confiança. Unidas
por um proposito comum: servir ao Planeta.
Um dia...
Um dia houve uma situação
desconfortável, com uma raça que aportou sorrateiramente no Planeta. Os
interesses que traziam não eram amorosos. E uma equipe da Academia foi
designada a fazer o reconhecimento da situação.
Era a primeira vez que uma
missão desse tipo seria liderada por uma novata, Hernya.
O Instrutor da oficial, Ashonn, estava
desconfortável, mas fora um pedido do Conselho. Ele, então, enganava a si mesmo
dizendo que o mau pressentimento que sentia era apenas o excesso de zelo pela
aluna preferida. Ele conhecia a capacidade dela, ele confiaria.
Caíram numa emboscada. Hernya percebeu a tempo para salvar sua equipe, porém fora capturada. Sacrificou-se por
todos eles.
Levada para outro setor do Cosmos,
passou por muitas torturas mentais. O interesse da raça invasora era descobrir
os códigos que acessariam os portais do planeta natal da prisioneira. As
brechas para desativar o alto poder defensivo deles. Não obtiveram nenhuma informação: para a frustração
deles, como fora aquela a sua primeira missão, ela ainda não havia conquistado
esse cabedal de informações de hierarquia superior.
Depois de um desses dias
mentalmente turbulentos, Hernya despertou sem se lembrar de quem era.
O alto comando bélico inimigo
estava praticamente ordenando o extermínio da prisioneira, agora sem função
nenhuma, quando um dos líderes interveio. Agrown tinha um plano. E terminado seu
pronunciamento, seguiu-se uma salva de palmas.
Agrown se aproxima dela como
instrutor, e toda uma mentira sobre os reais motivos da presença dela são
semeados.
Ela passa anos “do lado de
lá”.
E a beleza começa a florescer
aqui.
O Conselho dos Anciões lá do
início sabia exatamente que isso poderia acontecer. Que esse seria um dos potenciais desfechos.
Tinha que ser Hernya.
Ela era uma extensão daquele
que fingiu “apadrinha-la”. Era da sua família de alma. E o plano de Agrown sai inteiramente
pela culatra: conviver com ela fez seu coração de pedra florescer.
E assim ...
“A guerra é vencida sem nem
mesmo ter começado.”
Muito bem companheiros.
Eu gostaria de escrever sobre
toda a alquimia que existiu nas relações entre estes personagens. Quem sabe um
dia eu não me aventure hehehe.
Mas hoje, a visita deles teve
outro propósito.
Ainda não temos a visão alargada do quadro todo.
Ainda navegamos no escuro. Precisamos de uma bússola.
E para utilizar a nossa bússola interior precisamos de confiança.
Nem sempre a sequencia dos fatos sairá como esperamos, mas sem dúvida alguma,
seguiremos rumo a algo esplendoroso. Rumo a um resultado que atenderá ao nosso
coração.
Confiança. Entrega. Fazer e soltar. Fluir.
Boa jornada, navegantes.
Namastê
Nenhum comentário:
Postar um comentário